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Preciso compartilhar com vocês desta técnica que tenho utilizado sempre que necessário com minha pequena, e tem me surpreendido muito: o cantinho do pensamento! Se você costumava assistir aqueles seriados da Super Nanny, tanto na versão nacional quanto estrangeira, você deve conhecer como funciona e ter ouvido falar até em "cantigo do castigo". Cruz credo, que palavra assustadora, castigo não é coisa boa não. Não costumo gostar de fórmulas prontas porque elas nem sempre funcionam, e acredito que não existe regra que possa garantir: "-Óh, se você aplicar isso é 100% de garantia que vai dar certo". Quem dera! A vida de pai e mãe é feita de dia-a-dia, de experiência. Entretanto apesar de tudo isso, e apesar ainda da polêmica que envolve esse assunto, a técnica tem dado certo lá em casa. Até quando? Não sei. Talvez por pouquíssimo tempo, mas hoje tem dado. Pois bem, o método consiste em determinar um cantinho específico da casa para que quando a criança apronte alguma arte, ela possa ser direcionada a este lugar para que fique lá e reflita sobre o que fez. Eu acredito que o que faz dar certo não é o passo a passo em si, mas o que você pai e mãe faz dessa 'técnica', sabe? Como aperfeiçoa ela, como lida com ela. Vamos ver se explico melhor:
Acreidito que se você apenas colocar a criança em qualquer canto da casa, dar umas broncas e deixar ela lá e ir fazer outras coisas, isso não vai dar certo. Não me parece algo nem saudável. Você precisa estabelecer um local e permanecer com a criança enquanto ela estiver nele. A intenção é que você possa conversar com ela, de forma firme e segura, olhar em seus olhos e explicar o que ela fez de errado, o que não poderia ter feito, pedir que não volte a fazer e depois quando a criança tiver entendido e estiver pronta para se desculpar, você a beija, abraça e aceita seu pedido de desculpas. Algumas considerações importantes:
1. Não adianta colocar a criança no cantinho e deixar ela lá sem explicar a situação, ela precisa entender o que fez de errado;
2. Também não se deve levar ela pra lá de forma brutal (empurrando ou jogando a criança no canto);
3. Converse com a criança de forma bem declarada e num tom firme, mas de forma compatível com sua idade;
4. O tempo sugerido para que a criança permaneça no cantinho pode ser de 1 minuto por ano de vida dela; (mas confesso que pr amim isso não passa de regra por regra, não costumo aplicar isso não).
5. Se você alertar a criança de que se ela fazer determinada coisa errada irá para o cantinho do castigo e em seguida ela desobedecer, cumpra com sua palavra e coloque ela lá.
Lembre-se que a ideia principal é dialogar com seu pequeno, fazendo com que ele entenda o que fez de errado, reflita sobre o acontecido e se arrependa. Assim em situações futuras em que for repetir a mesma desobediência, irá lembrar daquele momento e possivelmente não voltará a fazê-lo.
Comigo isso funcionou muito bem, e fiquei muito surpresa com os resultados que superaram nossas expectativas. Não pretendo levantar a bandeira e defente o uso do cantinho do pensamento a todo modo, mas de fato, hoje eu também não sou contra, se levado em consideração tudo que eu falei. Acho que um dos segredos é não se ligar muito a REGRA por si só, e sim deixar acontecer, mais que o tempo de duração o importante é o diálogo.
Começamos a utilizar o metodo com a Clara quanto ela tinha uns 11 meses. Aí você você muito provavelmente deve estar se pergunando ˜-Mas o que um bebê de 11 meses faz de arte?" rs, mas eu posso afirmar, faz sim. Muito porque está se descobrindo ainda, e não sabe tudo que pode ou não pode fazer. Está aprendendo tudo sobre todas as coisas, e isso faz com que passe de muito limites permitidos. Meu marido que iniciou a técnica e a princípio eu achava muito cedo, julgava desnecessário pois ela era muito pequenina e eu pensava que não entenderia nada. Mas me enganei, ela entendia e muito. É claro que fazíamos isso com todo amor, pois ela era e é muito pequenina e não queríamos traumatizá-la e sim, ensiná-la algo. Usamos palavras mais comuns, que façam mais parte do vocabulário que ela geralmente ouve, pegamos objetos, mostramos, fazemos sinais com as mãos e cabeça e muitas expressões faciais, é quase uma encenação, rs. Mas vale muito a pena pois ela sempre presta muita atenção em tudo que falamos, e por mais amorosos que sejamos, ela sempre acaba fazendo um beicinho enorme e chorando (essa parte me corta o coração), pois fica visivelmente sentida, arrependida com o que fez. Quando isso acontece, percebemos que ela entendeu, e acolhemos ela em nossos braços novamente.
Dificilmente ela torna a fazer uma arte que já a levou para o cantinho do castigo. Mas como sempre falo, quando se trata de ensinar as crianças, não existem fórmulas mágicas, comigo e com muitas pessoas funciona muito bem. Também não costumo fazer isso sempre, só em casos mais 'extremos" espero que funcione com você e sua família também!
Um beijo e até a próxima!
Fonte foto: shutterstock
A mãezinha
É casada com Darlan, um papai designer e empreendedor muito dedicado, que não poupou esforços para dar vida a este grande projeto, chamado mãezinhas. Apaixonada pelas palavras escritas, criou o blog para compartilhar das experiências maternas com outras futuras e atuais mamães. Seu maior sonho sempre foi ser mãe, e torná-lo real dia após dia, torna-se uma grande e maravilhosa aventura da vida real, encarada corajosamente por tantas e tantas mulheres pelo mundo a fora.